sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

10 Dicas para escolher o nome do seu cão

Não peque nos detalhes na hora de dar uma identidade ao seu novo amigo. Confira os conselhos dos especialistas!

Texto: Tamara Ribeiro/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Fernanda Ruiz
Foto: Shutterstock
Cuidar para que o novo pet se adapte ao ambiente é sempre uma das grandes preocupações dos donos. Mas há um detalhe fundamental a se observar antes mesmo de dar as boas-vindas ao animal: o nome. Assim como os seres humanos, os pets precisam ser distinguidos na sociedade, ou seja, precisam ter uma identidade própria. “A escolha do nome para o mascote é um momento especial, pois ele fará parte da rotina da família”, afirma o veterinário Aldo Macellaro Jr., do Clube de Cãompo.

Importância do nome
Palavra essencial na relação entre o pet e o dono, o nome também serve como um alerta para o animal, pois, ao ouvi-lo, saberá que é hora de interagir! “Ao pronunciarmos seu nome, o pet fica atento, pois sabe que algo ligado a ele acontecerá, seja um convite para um passeio ou para comer. Os bichos conseguem detectar o nome em meio a uma conversa”, explica Ricardo Tubaldini, veterinário e diretor de conteúdo do portal CachorroGato. Confira a seguir dicas valiosas para ajudar na escolha do nome ideal:
1. Prefira nomes curtos
Dê preferência a nomes curtos. “Evite palavras extensas, pois podem causar confusão nosanimais. Nomes menores são de fácil compreensão e assimilação, pois o animal memoriza melhor. Uma ou duas sílabas são o ideal”, aponta o especialista em comportamento animal Flavio Tamaio. Você pode dar um nome comprido, mas escolha um diminutivo para chamar o pet. “Muitas pessoas optam por nomes longos e, com o tempo, percebem que não funciona”, acrescenta. Macellaro ressalta que é preciso atenção com os apelidos: “Nomes longos desencadeiam uma apelidos que confundem o pet. Por exemplo, um cão chamado Leopoldo Augusto ora será chamado de Léo, ora de Guto”, exemplifica.
2. Nomes pessoais
Não é qualquer pessoa que fica contente ao saber que o bicho do vizinho tem o mesmo nome que ela! “Não há problema em batizar o animal de Bruno ou Melissa, mas é preciso saber que poderá ofender quem tem esses nomes”, alerta Tubaldini. De acordo com Macellaro, uma saída é eleger nomes menos usuais, como Gioconda ou Ludovido. Outro ponto a se observar é a humanização dos animais. Uma pesquisa feita por uma multinacional francesa revela que mais de 10% dos brasileiros consideram o animal parte da família. Isso justifica alguns deles terem nome de pessoa. “É importante que os pets sejam tratados como tal, afinal, eles têm características diferentes das de seus donos”, destaca Tamaio.

3. Coerência nos gêneros
Em teoria, para o dono ou para o próprio animal, essa não é uma questão fundamental, mascabe uma pitada de coerência para distinguir um macho e uma fêmea. “Seria estranho um Rottweiler macho chamado Fifi. Também há casos em que o erro se dá por falta de conhecimento. Por exemplo, o nome Shiva, que batiza fêmeas, é na verdade o nome masculino de um Deus indiano”, conta Macellaro.
4. Evite rimas
Atenção aos nomes que tenham sonoridade semelhante a comandos como “não”, “senta” e “deita”. “Procure escolher um nome que não seja parecido com nenhum comando que possa ser ensinado”, frisa Macellaro. “Bibão, Ginão, Fofão, por exemplo, são parecidos com ‘não’ e o pet pode se confundir”, emenda Tamaio. De acordo com o veterinário Marcio Waldman, diretor-presidente do site PetLove, também é fundamental evitar nomes que causem discórdia entre os donos. “Se a família se sente desconfortável com determinado nome, o ideal é eleger um com que todos estejam de pleno acordo”, pondera.

5. Alterando identidades
A família acaba de adotar um pet que convivia com outras pessoas. Pode trocar o nome do peludo? A resposta é sim! “Não é difícil acostumar o animal com um novo nome. Para começar, chame-o e, quando vier, o recompense com um petisco”, ensina Macellaro. “Uma ressalva é em relação à idade do pet. Os mais novos aprenderão rapidamente, enquanto os mais velhos demorarão um pouco mais. Entretanto, todos aprendem”, reforça Tubaldini.
6. Refletindo a personalidade
Segundo especialistas, o nome diz muito sobre o animal e seu dono. “Dá para observarpelo nome do cão se a pessoa é criativa, bem-humorada e quais seus gostos pessoais”, considera Macellaro. Já para Tubaldini, o nome pode refletir aspectos do pet. “Rex e Thor podem significar que o cachorro tem porte grande, enquanto Miúcha, Pitoco, Lasquinha, por exemplo, remetem a animais pequenos”, diz o veterinário, que ainda afirma ser possível fazer a inversão, usando Rex para um animal pequeno. A diferença entre o nome e o físico do animal gera uma situação inusitada e engraçada.

7. Opções criativas
Para os donos cinéfilos, amantes da leitura ou de desenhos, dar ao pet o nome de um cão famoso é uma boa opção. Dos desenhos animados, Scooby e Pluto são os mais comuns. Já quando o assunto são os filmes, Lassie, Beethoven e Marley lideram o ranking. Com anos de experiência na área, Macellaro conta que já viu pessoas homenagearem até políticos: “Jim Morrison, Bob Marley e Fidel são alguns que já atendi. Tem gente que dá nomes de bebidas, como Tequila. Agora, o mais simplista e curioso que já vi era um que se chamava Cão”, se diverte.

8. Ensinando o pet a reconhecer o nome
Escolhido o nome, é hora de treinar seu amigo para saber que aquela será sua nova identidade. Mas como? “O principal processo é o da repetição. Quanto mais repetirmos o nome e premiarmos o pet quando ele entender, mais fácil será a convivência”, assevera Waldman. O tempo de aprendizado varia de animal para animal. “Ainda é importante frisar que, durante o aprendizado, não podemos usar o nome para dar broncas, ou o pet relacionará seu nome a algo negativo”, acrescenta Tamaio.

9. Sonoridade do nome
Os cães possuem elevada capacidade de audição. Dessa forma, é recomendável, caso haja mais de um animal em casa, fugir de nomes parecidos. “Toby e Toddy, tanto para nós como para os cães, têm sons semelhantes, podendo confundir os animais”, destaca Macellaro. “Dê preferência a vogais. Os humanos as pronunciam com facilidade, por isso, são mais compreendidas pelos pets”, complementa Tamaio. Especialistas também apontam que as letras k, t e p, quando estão no início do nome, podem facilitar a compreensão, por terem sonoridade forte.

10. Sem humilhação
É essencial atentar aos nomes que possam causar constrangimento ao animal. Pesquisa publicada no periódico internacional Animal Cognition mostra que os cães são capazes de distinguir sinais emocionais dos humanos. Por isso, mesmo o animal não sabendo o real significado de seu nome, se as pessoas esboçarem reação negativa, o pet pode ter a percepção de tal reação. “Palavrões ou palavras pejorativas que exponham o bicho a uma situação constrangedora ou que ofendam pessoas, raças ou culturas não são apropriados para nomear pets”, adverte Tamaio.

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