Como todos os animais, o cão também nasce com sua programação genética (instinto) que lhe faz agir automaticamente em determinadas situações com o objetivo de garantir sua sobrevivência. São elementos de matilha, de grupo, portanto existe uam hierarquia que deve ser obedecida.
Logo após nascerem, suas mães (primeiros líderes) atuam como treinadoras deste instinto, colocam limites, chegam a dar bocadas no filhote para que entendam seu papel no grupo. Isso já sinaliza para o cão que ter um líder é uma coisa boa, são seus provedores de comida, abrigo, protetores e muito mais. Ao contrário do que pensamos, para os cães ter um líder firme e tranquilo é muito bem vindo. Eles nascem submissos e providos de uma genética mais dominante ou não, e mais tarde se posicionarão na matilha conforme o grau de sua dominância, podendo até assumir a liderança.
Quando um cão é inserido em nossa casa, esta mesma dinâmica é válida para nosso amigão (seu instinto). É então que surgem os problemas de interpretação, pois damos todos os sinais de que ele está no controle, direciona o passeio, passa pelas portas primeiro, sobe onde quer e muito mais. Ao mesmo tempo queremos ser seu líder, que ele se submeta a nós. Então o animal fica confuso e se torna um cão ansioso, exitado demais e até mesmo agressivo. A melhor coisa a fazer é manter-se sempre numa postura firme e tranquila. Coloque regras para obter o que deseja, carinho na hora certa e preferencialmente quando estiver calmo, são atitudes que logo ele identificará como sendo de um líder.
Apesar das semelhanças com os lobos, o cão doméstico sofreu importantes modificações no comportamento social através da íntima relação com o homem. A vivência em um ambiente focado no homem, com poucas oportunidades para interagir com indivíduos de sua espécie, faz com que poucos cães tenham a chance de construir relacionamentos sociais estáveis, livres da influência humana. Porém, muitas características ainda estão presentes, como a necessidade de interações sociais e a hierarquização em um grupo.
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