quinta-feira, 26 de junho de 2014

Examine o seu animal

Seguindo o roteiro abaixo, você será capaz de examinar seu amigão minuciosamente. Tornando esse exame uma rotina mensal será possível saber se é preciso recorrer a ajuda do médico veterinário. Independente desse exame, o veterinário deve ser consultado anualmente para avaliação e vacinação do animal. Se você for comprar um filhote, esse roteiro será muito útil para reconhecer um animal saudável.
 
1.Cabeça
Comece examinando os olhos do seu amigão:
- devem estar claros, sem inchaço ou secreção purulenta (amarelada);
- abaixando a pálpebra inferior, a parte interna (conjuntiva) deve estar rósea. Qualquer sinal de palidez excessiva (conjuntiva branca) pode indicar anemia.
- observe manchas brancas ou embaçamento na parte escura dos olhos.

Passe para as orelhas:
- examine a parte interna, externa e as bordas;
- observe se há falhas ou crostas que podem indicar ácaros ou sarna;
- o ouvido sadio não tem secreção ou odor. Se notar cheiro fétido no ouvido do seu animal, bem como secreção amarelada ou amarronzada ao limpar com um chumaço de algodão, leve-o ao veterinário para que ele diagnostique uma possível otite.
Examine a boca (desde que seu cão ou gato seja manso):
- levante o lábio superior do animal e observe as gengivas. Elas devem estar róseas, palidez excessiva pode indicar anemia;
- a língua deve ter coloração rósea sempre. Se o seu animal apresentar a língua arroxeada (exceto os chow chows) ou azulada após exercitar-se, consulte o veterinário;
- observe se todos os dentes estão firmes e inteiros. Dentes moles ou quebrados podem causar dor ao animal;
- a presença de tártaro, placas duras e amareladas nos dentes, conferem um hálito bem desagradável ao seu amigão. Se for o caso, leve-o para uma limpeza dentária;
- podem aparecer verrugas em abundância na boca ou lábios dos animais, assim como placas brancas no interior da boca. Nesses casos, consulte o veterinário.

Atenção para o focinho:
- normalmente ele está úmido e frio;
- não deve haver secreção, a menos que o dia esteja muito quente, quando o animal pode "transpirar" pelo focinho;
- focinho seco e quente nem sempre indica febre. Se isso ocorrer, observe o animal e aguarde outros sinais como perda de apetite. No caso de febre, além do focinho, as patas e orelhas ficam muito quentes;
- focinho despigmentado (branco) exige a proteção de um filtro solar.


2. Pelagem
Examine a pelagem do seu animal com atenção:
- queda uniforme de pelos, sem apresentar falhas, pode tratar-se de muda anual;
- observe a presença de parasitas como pulgas, carrapatos ou bernes (a pele apresenta um orifício e um nódulo abaixo dele);
- cães podem ter piolhos, parasitas que não se movem, são pequenos e acastanhados. Surgem em condições de higiene precárias em canis e gatis;
- falhas na pelagem, crostas ou ferimentos devem ser analisados pelo veterinário;
- a presença de nódulos ou verrugas grandes e/ou numerosas também merecem a atenção do veterinário.


3. Corpo
O exame de órgãos internos não é possível ao leigo. Se houver problema em qualquer órgão sempre haverá uma manifestação externa como vômitos, diarreia, excesso ou falta de urina, ingestão exagerada de água, tosse, cansaço, dor ao se movimentar ou tentar pular, "engasgos" após exercício ou excitação, etc. Se notar algum desses sinais, que perdurem por mais de 2 dias, leve seu animal ao veterinário.
- observe se o seu animal está acima do peso. Esse é um parâmetro muito subjetivo, pois aquilo que pode ser "obesidade" para o veterinário, pode não ser para o dono do animal. Se as costelas do cão/gato estiverem aparecendo, é fácil deduzir que ele esteja abaixo do peso. Por outro lado, se o animal perder a "cintura" (curvatura da região do flanco), desconfie que ele esteja muito gordo;
- barriga inchada nem sempre é sinal de muita comida, o animal pode ter vermes;
- na região do ventre (parte inferior da barriga), note se há algum volume na cicatriz do umbigo. Cães e gatos também podem ter hérnia, principalmente os filhotes.

No caso das fêmeas, principalmente, é preciso examinar todas as tetas (cadeia mamária) em busca de nódulos, inchaços e secreções. As cadelas e gatas podem ter tumores, benignos ou não, nas glândulas mamárias. Nas fêmeas castradas antes do primeiro cio, ou até 1 ano de idade, a chance desses tumores é muito pequena. A castração é um método de prevenção.


4. Patas
Flexione e estenda os membros do seu animal suavemente:
- se ele sentir qualquer dor, que persista a um segundo exame, leve-o ao veterinário. Alguns animais detestam que mexam em suas patas. Tente diferenciar a dor do medo;
- olhe entre os dedos das patas e procure por parasitas (carrapatos) ou ferimentos;
- faça o mesmo na parte de baixo, entre as "almofadinhas" (coxins) dos pés;
- se as unhas estiverem muito compridas, leve o animal ao pet shop ou ao veterinário para apará-las.


5. Genitais
No macho, constitui-se do pênis, prepúcio (pele que recobre o pênis), testículos e bolsa escrotal (pele que reveste os testículos). Na fêmea, você observará a vulva que a porção externa da vagina.
- tanto no macho quanto na fêmea, observe a presença de secreção nos genitais. Se for abundante, procure o veterinário sem demora, principalmente, se você tiver uma fêmea acima de 7 anos;
- no macho, note se os dois testículos estão na bolsa;
- atente para a pele que reveste os testículos ("saquinho"), ela deve estar livre de irritações ou feridas;
- os 2 testículos devem apresentar o mesmo tamanho.


6. Cauda
Curto ou longo, não esqueça do rabinho do seu amigão. É em sua base que as pulgas gostam de se aglomerar causando desconforto e feridas pela coceira. Animais de cauda longa e pesada podem ter ferimentos na ponta. Chegando na cauda, o exame do seu animal estará completo!
ATENÇÃO! Esse exame básico NÃO SUBSTITUI O ATENDIMENTO VETERINÁRIO, pelo contrário, ele visa reconhecer problemas prematuramente para você buscar ajuda do profissional veterinário à tempo. Consulte o veterinário regularmente.

 

  


Fonte: webanimal.com.br-  Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Animais em apartamentos

Se você mora em uma casa espaçosa, é muito fácil ter um animal de estimação. Mas para quem reside em um apartamento, nem sempre as condições são tão favoráveis.
Para ter um bicho de estimação, é preciso saber primeiro quais são as necessidades da espécie escolhida. Os cães, por exemplo, possuem regras básicas para se conviver com eles.
Regra 1: Cães precisam de ESPAÇO, pois necessitam se exercitar, gastar energia e, originalmente, são animais andarilhos.
Regra 2: Cães precisam de COMPANHIA, porque a espécie vive em matilha e cachorros são sociáveis, não gostam de ficar sozinhos muito tempo.
O desejo de ter um cachorro, para algumas pessoas, começa assim: "Gostaria de ter um cão. Moro num apartamento não muito grande e trabalho fora o dia todo. O cão tem que ser pequeno e silencioso. Que raça eu devo escolher?". Como manter um animal em um local pequeno e sozinho o dia todo? O cão será infeliz e vários problemas irão aparecer, como latidos, uivos (afinal, os cães que não estão contentes têm direito de protestar), problemas com a vizinhança, destruição dos móveis da casa, estresse, etc..
Quem mora em um apartamento grande não deve pensar que poderá ter um cão de raça grande para combinar com o ambiente, ou de temperamento agitado. Lembre-se da regra 1: cães precisam de espaço! E o seu conceito de espaço e o do seu cão podem ser bem diferentes. A maioria das raças grandes serve para a caça, guarda ou trabalho. E na inexistência de condições que satisfaçam os instintos caninos de farejar, cavar, correr e estar ocupado a maior parte do tempo, aguarde a eminente destruição do seu apartamento.
O modismo também atinge o mundo animal. Periodicamente aparecem a raças que 'estão na moda'. E nem sempre elas combinam com a vida num apartamento. Um exemplo disso são os cães da raça labrador. Muitos se entusiasmaram pela simpatia da raça e a exposição incansável desses cães em propagandas. Mas poucos que resolveram se aventurar a ter um labrador em um apartamento, conseguiram manter seus animais por muito tempo. Labradores são muito ativos e precisam de espaço.
Cães, mesmo os bem pequenos, que vivem confinados em áreas de serviço ou varandas não podem ser felizes. Para esses, falta tudo. Espaço, companhia... E é muito fácil encontrar animais nessas condições porque os donos não querem que eles sujem a casa.
Um apartamento não é o melhor lugar para criar um cão, mas ele pode se adaptar caso lhe forem oferecidas condições para o seu bem-estar. E para isso, também há regras:
Regra 1: Escolha raças pequenas ou médias. As mais adaptadas são: poodle, yorkshire, maltês, fox terrier, shnauzer, pinscher, dachshund, etc..
Regra 2: Mesmo que seu cão tenha livre acesso ao apartamento, ele precisa passear e se exercitar. Leve-o para a rua 3 vezes ao dia, por 30 minutos, no mínimo. Cansado seu cão ficará mais tranquilo.
Regra 3: Ofereça a ele brinquedos ou ossos de couro para roer. Isso evita o 'tédio' e problemas comportamentais, além de diminuir a chance dele roer os móveis da casa ou desenvolver dermatites psicogênicas, como lamber as patas incessantemente por falta do que fazer.
Regra 4: Ter companhia não significa deixar o cão aos cuidados de uma pessoa que sequer olha para ele. O cão quer atenção e gosta de brincar. Tire um tempo para brincar com seu cão diariamente.
Regra 5: Não deixe o cachorro sozinho o dia todo. Ele pode e deve ficar algumas horas sozinho, desde filhote, para se acostumar com a ausência do dono e para não se tornar um cão dependente. Mas ele não deve ficar isolado o dia todo.
Regra 6: Se houver um parque ou praça perto de sua casa, leve seu cão para passear por lá. O contato com plantas e outros cães fará bem ao seu animal. Você não tem amigos? Seu cão também gosta de fazer amizades!
Regra 7: Não esqueça que você tem vizinhos! E eles não têm a obrigação de ouvir seu cão latir o tempo todo. Há muitas maneiras de tratar o cão que late compulsivamente (clique aqui). Muitos cachorros que latem em excesso estão infelizes, pois os donos não seguem as regras anteriores.
É claro que um cão poderia ser bem mais feliz morando numa casa com um grande jardim, ou então em um sítio ou chácara, onde pudesse correr e brincar à vontade. Se você não pode oferecer isso, pense bem antes de ter um cão e, caso decida ter, saiba que você precisa assumir o compromisso de dar uma boa qualidade de vida a ele. Para o cão se adaptar a vida em apartamento, você terá que se adaptar ao modo de vida dos cães.

Fonte: Webanimal. com.br Silvia C. Parisi médica veterinária - (CRMV SP 5532)

Pets e pessoas: uma relação de benefícios mútuos

Segundo pesquisadores, esse contato é capaz de melhorar a autoestima, diminuir problemas do coração, auxiliar a família na diminuição do estresse, na queda da pressão em hipertensos e, principalmente, de melhorar a interação social.
 
Acariciar um animal ajuda a relaxar, e manter um convívio com eles diminui os riscos de depressão.
 
Em estudo realizado recentemente, ficou comprovado que, em geral, as famílias que têm animais de estimação gastam menos com remédios.
 
Tais pesquisas científicas sobre os efeitos terapêuticos da relação entre seres humanos e animais datam de 1960, e baseiam-se em muito estudo e observação.
 
Também para os bichos a relação é bastante saudável. Um animal que recebe, além dos cuidados básicos como abrigo e alimento, carinho e atividades de lazer, em geral vivem mais, apresentam menos doenças e um comportamento mais alegre.
 
Fonte: Petshop Magazine

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Cuidados com os animais no inverno


Quando a temperatura começa a baixar, não são só os humanos que sentem frio, os animais também. Os mais afetados são os de pelagem curta. Algumas raças, como o Husky Siberiano, o Malamute do Alaska e o São Bernardo, possuem características que os fazem mais resistentes ao frio (sub pelo e maior camada de gordura sob a pele). Podemos observar que no frio, algumas doenças aparecem com maior frequência. Por isso, devemos preparar nossos animais para atravessarem o inverno.
O cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano, com tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza. Damos o nome a esse quadro de traqueobronquite ou "tosse dos canis". Essa doença pode aparecer em qualquer época do ano, porém, há uma maior predisposição nos meses frios pela baixa temperatura. A doença pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos e é altamente contagiosa entre os cães através do contato direto entre os animais.

Além das doenças respiratórias, os animais idosos com problemas osteoarticulares como artrose, calcificações na coluna ou hérnia de disco, passam a sentir mais dor quando expostos a baixas temperaturas. 
Choques de temperatura, como dar banho, secar o cão com secador (em casa ou pet shop) e sair em seguida com ele na rua, será prejudicial, seja ele jovem ou não.  
Aconselhamos tomar os seguintes cuidados no inverno:
* Evite banhos em dias muito frios e diminua a frequência de banhos no inverno (se possível);
* Mantenha a pelagem do animal mais comprida no inverno, evitando tosas muito baixas;
* Coloque roupa no cão de pelagem curta, caso ele se ressinta muito do frio. Existem animais que tremem de frio exageradamente! Cães grandes e gatos não toleram roupas;
* Se costuma nevar ou gear em sua região, sapatos protegem as patas do cão de queimaduras causadas pelo frio;
* Há cães que, embora tenham casinha, preferem dormir ao relento ou ficar na chuva... Prenda esse animal num local abrigado nos dias muito frios ou chuvosos;

* Vacine seu cão anualmente contra a traqueobronquite, se ele frequenta locais com outros animais (pet shops, hotéis para cães, exposições);* Quando der banho em seu animal, use água morna e seque-o bem. Não deixe que ele saia na rua, no mínimo por 30 minutos após o banho. Isso vale, principalmente, para cães que tomam banho em pet shop, pois o secador é extremamente quente e haverá um choque de temperatura se ele sair no frio;
* Leve seu cão para passear na rua nos horários mais quentes do dia (das 11:00 as 15:00hs);* Aumente em 20 a 30% o alimento do seu cão/gato no inverno. Isso não vale para cães e gatos obesos, sem atividade ou com grande tendência a ganhar peso.
Outras espécies: no caso de peixes, regule a temperatura da água e cheque sempre se o termostato está funcionando corretamente. Cubra a gaiola das aves à noite e deixe-as longe de correntes de ar. Os répteis não controlam a temperatura do corpo. Se você deixar sua tartaruga ao relento em dias muito frios, ela pode morrer. Coloque-a em local abrigado.
Todo animal tem direito a um abrigo no inverno. Na natureza, os cães selvagens podem se abrigar em tocas durante o frio. Outras espécies também procuram abrigo.
Providencie uma casinha para seu animal, caso ele viva em um quintal, ou deixe-o preso num local abrigado como garagem, lavanderia, ou mesmo dentro de casa, quando a temperatura estiver muito baixa. Assim, quando você estiver quentinho, embaixo dos cobertores, poderá dormir tranquilo, com a certeza que seu amigão não está passando frio!

Modelo de casinha artesanal feito com bacias plásticas
 
Se você também quiser ajudar a aquecer um animal sem dono neste inverno, localize uma entidade protetora perto de você e doe o que puder. Uma roupinha velha de seu cachorro e um pouco de jornal poderão fazer a diferença para um cão ou gato que está passando frio. 
 
Fonte: webanimal.com.br
Silvia C. Parisi - médica veterinária - (CRMV SP 5532)